“Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela
o menino debaixo de um dos arbustos... e sentando-se em frente dele, levantou a
voz e chorou. Deus, porém ouviu a voz do menino.” (Gn 21.15-17)
Agar e seu
filho Ismael foram rejeitados pela família de Abraão. Vagavam agora pelo deserto
quente e árido. A água do odre chegara ao fim. A situação era desesperadora, e
em meio à angústia eles choraram. Não fica claro se choraram a Deus, mas,
podemos ler nitidamente, que quando o clamor de desespero do rapaz beirava a morte
por causa da sede, Deus o ouviu (Deus, porém, ouviu a
voz do menino v17). Os ouvidos do Senhor estavam atentos ao choro do
menino e na sua necessidade mostrou a Agar o lugar onde poderiam saciar a sede
(Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água – v.19).
O mundo hoje
pode ser comparado a um deserto, onde uma infinidade de homens, mulheres e
crianças vagueiam com seus odres vazios. O suprimento de água chegou ao fim. A
força e a coragem de lutar pela vida se esvaíram; se vêem num beco sem saída e
a esperança de encontrar uma fonte de água não existe mais. Nada mais tem propósito.
Todavia,
aleluia! Deus deixou essa historia registrada para mostrar que Ele ouve e vê
todas aqueles que foram deixados “debaixo dos arbustos”, desencantados com a
vida, sem ânimo para enfrentá-la. O Senhor deseja a todos quanto busquem o Seu
socorro e reconheçam seu estado à Luz da Sua Pessoa, que Ele é poderoso para
abrir-lhes os olhos e mostrar-lhes o caminho da salvação. O caminho que os
levará, não apenas, a uma vida plena e com sentido, mas a uma vida conduzida
pelas mãos e em comunhão com Jesus Cristo.
A história de
Agar e Ismael é uma perfeita ilustração do profundo cuidado de Deus por todos
aqueles que têm sido rejeitados e descartados. É uma maravilhosa lição onde
aprendemos que quando estamos cansados, sobrecarregados e sem nenhuma
esperança, atravessando os nossos desertos, O Deus do Impossível chegará, nos fará
companhia e saciará a sede do nosso coração.